Rodrigo Barbosa de Paulo
Rodrigo Barbosa de Paulo é graduado em Biblioteconomia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp Marília), possui magistério pelo Centro Específico de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério (CEFAM, Marília) e, atualmente, é mestrando em Ciência da Informação na UNESP Marília.
A experiência profissional de Rodrigo inclui a atuação em várias instituições, sempre na área educacional: no Sistema Integrado de Biblioteca Escolar (Sibec) no Município de Garça, SP, tendo ali atuado desde a implementação do Sistema; na escola FOURc Bilingual Academy (Bauru,SP); na Faculdade de Agudos (FAAG), na biblioteca do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC Bauru, SP).
Atualmente é bibliotecário no projeto “Biblioteca escolar no ensino fundamental: em busca de um modelo alternativo”. O projeto é uma parceria entre a Unesp Marília, a Secretaria de Educação da cidade de Marília e a Universidade Carlos III da Espanha. O projeto visa a “[…] desenvolver uma biblioteca escolar que supere as tradicionais deficiências encontradas e considere mais especificamente as questões ligadas à competência informacional, através de uma ação conjunta entre especialistas nacionais e estrangeiros e profissionais de duas escolas públicas de Marília-SP”. Este projeto servirá como subsídio para uma futura rede de bibliotecas de escolas municipais de ensino fundamental na cidade de Marília. O projeto conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e é coordenado pela Prof. Dra Helen de Castro Silva Casarin, professora adjunta do curso de Biblioteconomia e da pós-graduação em Ciência da Informação, da Unesp Marília.
Rodrigo atua em uma das escolas participantes do projeto. Seu trabalho inclui o processamento técnico do acervo, que está sendo feito de forma diferenciada, com o apoio de especialistas da UNESP e a capacitação dos professores da escola, realizada em encontros mensais, abordando conteúdos de competência informacional. Rodrigo também supervisiona estagiários de Biblioteconomia que auxiliam no processamento do acervo. A partir de 2015, já com o software de gerenciamento da coleção implantado e o processamento técnico adiantado, Rodrigo também irá desenvolver atividades semanais com alunos de todas as turmas (1ª a 4ª séries), incluindo pesquisa escolar, busca de informações, fontes de informação impressas e eletrônicas e uso ético da informação. As atividades estão sendo planejadas em conjunto com a coordenação e com os professores da escola.
Compreendendo a biblioteca também como um centro cultural e de aprendizagem, no mês de outubro de 2014, em comemoração ao mês internacional da biblioteca escolar e por incentivo da International Association of School Librarianship (IASL), Rodrigo realizou o Skype Project. Esta atividade consistia em estimular um contato entre alunos e professores da escola via Skype com uma escola de um país com compatibilidade linguística, ano escolar e fuso horário. O tema da conversa desenvolvida foi: atividades desenvolvidas nas respectivas bibliotecas, quais são as leituras preferidas das crianças, etc. A atividade foi realizada com uma escola de Portugal.
Como bibliotecário escolar, Rodrigo acredita que devemos ter clareza do nosso papel de educador e com isso a consciência da responsabilidade social e desafios que a educação no século XXI cada vez mais globalizada nos impõe: aprender a aprender, aprender a fazer e aprender a ser.
Diante de um futuro desafiador, a educação continua sendo considerada uma grande ferramenta para a construção de ideais de paz, liberdade e da justiça social em nossa sociedade. Com isso, nós, bibliotecários escolares, devemos trabalhar de forma conjunta com os demais profissionais dos espaços de aprendizagem, estimulando a leitura e desenvolvendo a competência informacional dos alunos.
Contudo, é importante alertar que essas iniciativas não se limitam somente a garantir o acesso ou promover a inclusão técnica de máquinas e aparelhos. É preciso considerar as habilidades necessárias para o uso consciente e cidadão das tecnologias e da informação, dentro de uma vertente crítica e ética quanto ao uso dessas informações mediadas pelas tecnologias.